Cuspir o Sapo

Cuspi o sapo!

Dizem que no final dá tudo certo. Neste caso não daria. Deu, mas não daria. E meu estomago não agüenta mais sapo. Quero feijoada. Prefiro até orelha da Miss Piggy, se necessário, mas cuar cuar não. E não façam de conta! Já estão verde de tanto sapo. Pode até ser que o sapo fica parado 40 minutos no estomago do meu cachorro R. que já engoliu um queijo arabe com plástico e tudo, mas a gente não agüenta, garanto.

Comprei um negócio por internet. Trinta dias de entrega. Adoro mineiro. Fala 2, mas diz 5. Fala 30 dias, mas diz 50. Recebemos um e-mail que disse ia entregar no final de Setembro. Depois de três dias de espera, ligamos lá. Deram risada, pois era “só” um e-mail auto-má-tico – aqui quem trabalha é a má-quina. Quando chegou o segundo e-mail graças a uma infalível capacidade de aprender já entendemos que era só a má-quina e o ignoramos.

Quando a transpôdádóra me ligou que ia entregar na quarta-feira, caí na armadilha de novo. Outra espécie, diz qualquer coisa e não sabe mais de nada ou não entendeu nada mesmo. E mais um liga para lá, musiquinha e liga para cá ninguém atende. E depois é o motorista desligado e o celular doente. Ou é vírus de computador ou é o mainardi e tudo é culpa do presidente.

Nova tentativa. Agendou-se a entrega para ontem. Quando liguei para confirmar, a entrega tinha se desagendada sozinha. Isso tudo, naturalmente, depois de muita ligação caída com e sem musiquinha. E o que aconteceu? Sei lá, deve ter sido a má-quina ou o presidente. Entendo o senhor. Eu não entendo mais nada, moça.

Daí não tinha jeito. Virei bigode de dois dedos e cuspi o sapo. Deu. Bebumba! Vitória! Paguei caro, mas chegue de cuar-cuar. Quero feijoada. Vou virar eu o sapo que eles tem de engolir. Bebumba!